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Curso de Planejamento e Controle de Manutenção – Aula 04

PRIORIZAÇÃO DE ORDEM DE MANUTENÇÃO

Assunto da nossa aula de hoje: priorização de ordem de manutenção.
Essa é a quarta aula do nosso Curso de Planejamento e Controle de Manutenção.
Clique para acessar Aula 01, Aula 02 e Aula 03.

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Ordem de manutenção: convenções de priorização

Do ponto de vista do cliente, o ideal é que as solicitações sejam atendidas no momento em que chegam.
Porém não é assim que acontece.
Porque do ponto de vista econômico, não é viável.

Para um funcionamento racional da manutenção, as atividades são então priorizadas.
Principalmente através do conhecimento prático do pessoal de manutenção.
Ou associado a ferramentas como por exemplo “GUT”.
Ela será melhor explicado posteriormente.

Importância da ordem de manutenção

Para controle do tempo de espera dos clientes, a manutenção possui indicadores.
Como o tamanho da carteira de pendências.
Por exemplo, o “Backlog” é a razão entre o HH de ordens pendentes sobre o HH disponível de mão de obra.
Ou seja, o tempo que a equipe de manutenção levaria para realizar todas as pendências.
Com toda a força de trabalho, sem parar.

Sprint Backlog
ordem de manutenção

Sistemas numéricos simples

Os sistemas de priorização que utilizam números.
Consistem em determinar a importância das tarefas com um escala que pode variar de 1 a 3 ou 1 a 4.
Assim, correspondem as maiores prioridades aos números mais baixos.
Por exemplo:

Nivel de priorização da ordem de manutenção

Sistemas Alfa Numéricos

É um sistema em que os números são associados às letras.
E dessa forma dar prioridades diferentes dentro do mesmo número.
Por exemplo, letras indicando o nível de interferência na produção:

  • I: interfere integralmente
  • P: interfere parcialmente
  • N: não interfere
Nível de priorização

Sistemas de atendimento por palavras

Deve ser utilizado depois da plena definição e conhecimento.
Isto é, por parte da manutenção, das palavras.
Além disso o cadastro no sistema informatizado de manutenção.

Recomenda-se então a utilização de palavras relacionadas à emergência de um hospital.
Para melhor memorização:

  1. Emergência
  2. Urgência
  3. Necessária
  4. Desejável
  5. Prorrogável

Emergência

Deve-se usar em ordem de manutenção.
Dessa forma, quando a não execução da tarefa trará risco de vida.
Principalmente para os funcionários e a segurança do patrimonial.
Ou então o equipamento era vital para o funcionamento da máquina.

Urgência

Usamos para determinar aqueles serviços que são urgentes.
Embora não ofereça riscos de segurança nem às pessoas e nem ao patrimônio.
Às vezes um defeito que está causando problemas de qualidade.
Então isso deve constar na ordem de manutenção

Necessária

É o critério mais alto para OS’s ditas normais e preventivas sistemáticas.
Por exemplo defeitos em máquinas, que não estão prejudicando o processo.
Mas, se não tratados a médio prazo se tornarão falhas.

Desejável

Tarefas que não se encaixam nas três priorizações anteriores.
Dessa forma, podem ser realizadas em uma oportunidade.
Por exemplo, ordem de manutenção preventiva em equipamentos auxiliares.

Prorrogável

Ordem de manutenção com serviços que podem ser realizados ou não.
Sem oferecer então influências para fábrica.

Priorização por importância de Equipamentos

Explicamos sobre isso e muito mais em nossos Cursos Vaportec.

Este sistema, pode ser interligado com qualquer dos sistemas de priorização.
Usamos então um critério seletivo na ordem de manutenção.
Por isso, os equipamentos de maior importância receberão tratamento preferencial.
Isto é, dentro de uma mesma prioridade.

Pode ser enquadrado como prioridades maiores.
Ou eventualmente como o projetista quiser definir.

Abaixo seguem definições de classes de equipamentos.
Do ponto de vista operacional e de manutenção.

Do ponto de vista de manutenção
  • Equipamentos Classe “A” – Manutenção preventiva executada na periodicidade.
  • Equipamentos da Classe “B” – Manutenção preventiva pode atrasar um pouco.
  • Os equipamentos Classe “C” – Manutenção corretiva.
Do ponto  de vista operacional
  • Equipamentos Classe “A” – Vitais ao processo e únicos.
  • Os equipamentos Classe “B” – Vitais ao processo e em duplicata.
  • Equipamentos Classe “C” – Não vitais ao processo  e únicos.
  • Os equipamentos Classe “D” – Não vitais ao processo e em duplicata.
  • Equipamentos Classe “E” – Improdutivos.
Do ponto de vista  da Qualidade:
  • Equipamentos Classe “A” – Aqueles que afetam a qualidade do produto.
  • Equipamentos Classe “B” – Aqueles que não afetam a qualidade do produto.
Do ponto  de vista da Segurança do Trabalho:
  • Equipamentos Classe “A” – Os que afetam a segurança dos trabalhadores.
  • Equipamentos Classe “B” – Os que não afetam a segurança dos trabalhadores.

Observação: Todas as observações acima devem estar registradas então nos sistemas de gestão de manutenção.

Do ponto de vista  da Qualidade:
  • Equipamentos Classe “A” – Aqueles que afetam a qualidade do produto.
  • Equipamentos Classe “B” – Aqueles que não afetam a qualidade do produto.
Do ponto  de vista da Segurança do Trabalho:
  • Equipamentos Classe “A” – Os que afetam a segurança dos trabalhadores.
  • Equipamentos Classe “B” – Os que não afetam a segurança dos trabalhadores.

Observação: Todas as observações acima devem estar registradas então nos sistemas de gestão de manutenção.

Priorização por Importância de Equipamentos

  • Do ponto de vista  da Qualidade:
    • Equipamentos Classe “A” – Aqueles que afetam a qualidade do produto.
    • Equipamentos Classe “B” – Aqueles que não afetam a qualidade do produto.
  • Do ponto  de vista da Segurança do Trabalho:
    • Equipamentos Classe “A” – Os que afetam a segurança dos trabalhadores.
    • Equipamentos Classe “B” – Os que não afetam a segurança dos trabalhadores.

Observação: Todas as observações acima devem estar registradas então nos sistemas de gestão de manutenção.


Utilização  do Sistema Matricial para Priorização

O uso de matriz para definir a prioridade na ordem de manutenção.
Combinando os sistemas de classificação dos equipamentos que vimos até agora, com as consequências de falhas. Assim obteremos um novo critério de classificação.

No entanto, se você utilizar a classificação do ponto de vista operacional e atribuir pontos a esta classificação.
A partir de então diversos critérios podem ser montados.

Neste caso, podemos utilizar então uma combinação de consequências da falha.
E assim os tipos de ação que podem ser montados.

Graduação da importância do equipamento

Grau da importância do equipamento
Graduação da Ação solicitada:
Graduação da ação solicitada

A graduação da consequência, da falha, defeito ou não atendimento:

graduação da consequencia

A seguir está uma matriz onde está contemplada a importância do equipamento e as consequências da falha. Podemos combinar então com uma tabela auxiliar

Matriz de ordem de manutenção

O trabalho solicitado na ordem de manutenção é em equipamento vital e não único.
Assim, a não execução afeta a segurança aos trabalhadores.

Código na ordem de manutenção

A tabela auxiliar caracteriza o trabalho como emergencial.


Ordem de manutenção: o sistema GUT

É uma ferramenta que se usa para priorizar as atividades.
Principalmente quando existe mais de uma alternativa na ordem de manutenção.

O GUT se aplica sempre quando temos que priorizar atividades dentro de um leque de alternativas.
A função desta ferramenta então é ordenar a importância das ações:

  • pela sua GRAVIDADE
  • por sua URGÊNCIA
  • pela sua TENDÊNCIA de forma racional

Ao se saber que o tempo é um recurso escasso e há inúmeras atividades  a executar, deve-se perguntar:

Quais as atividades devem ser executadas primeiro? Por quê?

Essas são as respostas que a ferramenta dá.
Por isso, usar a ferramenta obriga a considerar cada problema sob tríplice foco da sua gravidade, urgência e tendência.

Exemplo de matriz GUT para priorização de problemas
GUT

Quem define a priorização da ordem de manutenção?

Quando deixamos para os solicitantes priorizar as atividades tem um resultado.
Corremos o risco de todas as atividades serem urgentes.
Cada ordem de manutenção se torna então imediata.
Mas, se a manutenção assumir a responsabilidade total de priorizar as atividades.
Podem não avaliar corretamente os riscos e serem penalizados por isso.

O mais aconselhado é realizar essa priorização junto com os solicitantes.
Estabeleça regras para este trabalho.
Deixe claro também o que acontece se houver várias atividades com o mesmo grau de urgência.
Cada ordem de manutenção será atendida por ordem de chegada.

Uma não utilização adequada do sistema de priorização e o atendimento em função da ordem de chegada.
Pode acarretar que OS’s realmente mais urgentes, sejam atendidas depois.
Podendo tornar o problema daquela ordem de manutenção bem mais grave.

Cuidado!
A priorização deve seguir sempre as regras que foram utilizadas para montar a ferramenta do sistema operacional.


Considerações sobre ordem de manutenção

Ao definir um sistema de prioridades, lembre-se de que o papel da manutenção é prestar serviços de reparos. Portanto a priorização das tarefas, deve ser em função da realidade da empresa.

Por exemplo, ao atender dois clientes internos e chegar ao mesmo tempo.
As duas solicitações de atendimento com a mesma prioridade.
A atuação primeira deve ser negociada com os seus clientes internos, pois eles é que sabem “onde aperta o sapato”.

Cabe a manutenção mostrar apenas as limitações dos recursos para atendimentos das demandas.
No caso de não se poder atender mais de uma ordem de manutenção ao mesmo tempo.
O cliente deve determinar a sequência de manutenção.
Esse tipo de situação ocorre quando a manutenção é corretiva emergencial.
Nesse vídeo explicamos a diferença entre manutenção corretiva e preventiva.

Muitas empresas possuem uma equipe de manutenção corretiva e outra equipe de manutenção preventiva.

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Um abraço

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